domingo, 19 de outubro de 2008

ÚNICA CERTEZA DE NOSSA VIDA



Foto de LAOEN (fotógrafo alemão)

Costumamos dizer que a única certeza que temos na vida é que vamos morrer um dia. Mas será que quando dizemos isso, temos plena consciência do que significa esta afirmação?


A estrada que trilhamos desde a hora em que nascemos nos leva a este ponto. Não existem atalhos, não existem apelações, não existe a desistência...inexorável ela está lá a nossa espera. No entanto, passamos pela vida ignorando esta verdade, que se bem refletida, mudaria nossos hábitos, nossa consciência, nosso modo de nos relacionarmos com tudo aquilo que nos cerca. Não falo de um viver mórbido, lamentoso, mas sim do lidar com o cotidiano de forma a dar prioridade ao que realmente importa.


O que vai conosco daqui? ...Nada!!!


Gostamos de acreditar que na passagem...exista um outro viver... Mas quando aqui chegamos...não viemos de lugar algum, pelo menos...não nos lembramos... e se não houver nada?..tudo bem...será o fim. Mas se houver? O que levaremos daqui? - Só as nossas sensações. De tudo o que vivemos, irão conosco... as sensações.

Porque na verdade é o que temos..é o que retiramos da nossa vivência.


A cada alegria sentida, seja pela realização de um ótimo negócio, pelo encontro e correspondência de um amor, seja pelo ganho de muitos milhões, pela compra da casa própria, pela formatura ou casamento de um filho, o que faz diferença é a emoção que sentimos... de poder, de felicidade, de alegria, de realização, de orgulho...s e n s a ç õ e s... só.


A vida é um passeio longo ou de curta duração...nem isso sabemos ao certo... e nos deixamos levar pela raiva, pelo odio, a inveja, a tristeza, o desespero...s e n s a ç õ es ruins.

Podemos nesta certeza...fazer melhores escolhas...tomar o tempo que nos é tão incerto para exigirmos vivenciar o que de melhor nos aprouver, sem perder tempo em experiências, em investimentos de risco,num tipo de: Serve...serve, se não serve não fica, pode...pode, se não pode...não queremos, é bom...é bom, senão é... não ficarmos esperando vir a ser... na dúvida só ficarmos com o que já for do agrado, com o que se adaptar imediatamente ao propósito de felicidade.

Somos infelizes quando esbarramos em nossos limites e principalmente pela incapacidade que temos de transpô-los. Um limite tocado é um fim de linha ou um começo?


Planejamento de vida...com objetivos claros e definidos...em todos os setores... com inteligencia emocional.... e evitaríamos assim... tanto sofrimento.


Preferimos ignorar....fazer de conta que conosco nunca acontecerá...deixamos tudo ao acaso...tudo no infinito...nunca trazemos a possibilidade para o agora.


Mas continuamos na estrada rumo a ela...


Ao invés de nos darmos oportunidades para a alegria...estacionamos nas miudezas, no superfluo, na ganância.

Acho que em todo amanhecer de nossas vidas...uma pergunta deveríamos nos fazer: - Se hoje fosse o último dia da minha vida o que eu gostaria de vivenciar ? Que sensações eu me daria para levar daqui? E de posse da resposta... permitir-se tentar esta vivência.


Quem teria tempo de ficar arquitetando maldades? quem teria tempo de ficar fofocando? quem teria tempo de ficar lamentando? Quem teria tempo de tantas outras coisas que não têm nada a ver com a vivência real de uma pessoa?


As vocações seriam respeitadas...os trabalhos executados teriam mais perfeição...os sentimentos seriam valorizados....as verdades seriam mais aproveitadas e aceitas.. em um mundo diferente...porque cada um estaria vivendo exatamente... o que desejou... no lugar que escolheu.


Hoje estou aqui e sou...amanhã não sei...


Por isso LUGAR DE MULHER é buscando o seu lugar hoje...como fosse o último dia de sua vida.